sábado, 28 de março de 2009

sabadão

Ando tão preocupada com trabalho e tão cansada que o que me resta no fim de semana é dormir e assistir televisão.

Fiquei viciada no Rodrigo Faro.
Fiquei viciada no Vai dar namoro
Fiquei viciada em sentir vergonha alheia

Vou confessar que já fiz alguns blind dates, já mandei mensagem as quatro da manhã, já encarnei a piriguete na balada, já arrastei mais de um na micareta, furei o olho de amiga, já beijei dois irmãos - não ao mesmo tempo né - , entrei em site de relacionamento, mas eu NUNCA teria coragem de participar de programa de televisão.

Fiquei imaginado o nível de desespero da pessoa para se inscrever num quadro desse.
Pior é que eles fazem isso por livre e espontânea vontade.
Pensando bem, não é preciso coragem para se inscrever.
É preciso coragem para ir até lá, isso sim.
Achei que só os mais novos gostavam de ir.
Quando a gente tem 18, 20 anos acha tudo lindo e o céu não é limite.
Mas hj percebi que não tem idade para pagar mico: tinham dois rapazes perto dos 30 anos.

Alguns já foram tanto que se acham melhor amigo do apresentador.
Outros lançam frases pré-montadas de biscoito chinês
As meninas decoram o bordão "hoje não, faro!" e escolhem quem vai ao palco num telão apelidado de "feijoada de pretendentes"
Tem mãe falando bem do filho, tem menino que usa laquê, pagodeiro em busca de oportunidade, moça que fez transformação patrocinada pela tintura de cabelo.
No final tem bailinho da vassoura e sorteio de beijo.
E vc vai sentindo cada vez mais vergonha pelas pessoas que estão na telinha.

Sim, sim ... Estou me sentindo uma verdadeira loser agora ...
Vou tomar guaraná em pó e colocar o pé na rua, antes que comece a achar isso tudo muito normal e resolva cair no programa !!!!

2 comentários:

Núbia Tavares disse...

Camis, acho que nem é desespero não... É vontade de aparecer MESMO!

Núbia Tavares disse...

Acho que vou contratar algum desses ai pra fazer follow pra mim.Se a pessoa não tem vergonha de pagar mico na TV, vai achar fichinha ligar para o jornalista vendendo aquela pauta ridícula que nem sua mãe forçando a barra, publicaria.